História de Gana

  Existem evidências arqueológicas nas quais mostram que os seres humanos viveram na atual Gana desde a Idade do Bronze. Porém, até o século XI, a maioria da área moderna de Gana foi em grande parte desocupada. Os principais grupos étnicos em Gana hoje foram firmemente estabelecida por volta do século XVI.

  Sua história deriva basicamente da tradição oral, que se refere às migrações dos reinos antigos de Sahel (atual Mauritânia e Mali).

  O primeiro contato de Gana com os europeus data do ano de 1471, quando um grupo de portugueses desembarcou, assim, mais tarde dominando até Acra. Nos próximos 3 séculos, os ingleses, portugueses, suecos, dinamarqueses, holandeses e alemães controlaram várias partes da costa de Gana, conhecidas na época como Costa do Ouro. No início do século XIX, os ingleses conseguiram dominar a mesma por completo.

  Em 1957 conquistou sua independência com o lema: "é melhor ser independente para governar sozinho, bem ou mal, do que ser governados pelos outros". Um dos fatos mais interessantes da história é o retorno de libertos afro-brasileiros, que formaram uma comunidade chamada Tabom, em Acra.

  O nome Gana teve sua origem no título dado aos seus soberanos, sendo este Uagadu utilizado para o mesmo país, mas pelos habitantes locais, significando "país dos rebanhos".

Gana: Senhores do ouro

  Foram mineradores com autonomia no deserto do Saara, que tornaram-se a mais poderosa civilização da África por mais de 400 anos.

  A antiga Gana, que se desenvolveu numa África livre de colonizadores, não tem a ver com o atual país. Apesar de não ter saída para o oceano, se desenvolveu às margens de um mar de areia: o Saara. Quando este foi cruzado, permitiu que muçulmanos do norte chegassem até a África negra, na qual encontraram povos nadando em ouro.

  O ouro era escoado para a região do Mar Mediterrâneo. O rei era responsável por todo controle de produção e exploração nas regiões auríferas. Para proteger esta região, era comum o uso de lendas sobre criaturas místicas para afastar a cobiça de outros povos sobre suas riquezas.

Queda do reino

  Foi uma jihad, uma guerra santa, que enfraqueceu o reino de Gana. O líder de um dos grupos, após uma peregrinação, acreditou que seu povo não praticava o real islamismo. O povo não gostou e, após sua morte foi feito um levante contra Yacine. Expulso, o religioso foi para um retiro acompanhado de seguidores, que se chamaram almorávidas. Com isso, juntaram um exército e partiram para a jihad em 1042. Ganharam muitas terras ao sul do Marrocos. Sosso, Songai e Mali foram reinos que disputaram a mesma região nos séculos seguintes.

  

Boa parte das informações atuais sobre Gana tem como fonte os relatos de viajantes islâmicos como Al-Bakri e a influência muçulmana na região, que mostrou ao restante do mundo islâmico e logo depois ao mundo inteiro a existência deste império africano.